O coração do imperador Dom Pedro I chegou ao Brasil na manhã desta segunda-feira, dia 22. Transportado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), o órgão veio da cidade do Porto, em Portugal, e aterrissou na base aérea de Brasília pouco antes das 10h.

   Conservado em formol há 187 anos, o coração do imperador deixou Portugal pela primeira vez e foi trazido ao Brasil em comemoração aos 200 anos da independência brasileira, que serão celebrados em 7 de setembro.

   Na base aérea, o órgão foi recebido por autoridades como o embaixador de Portugal no Brasil, Luiz Felipe Melo, e os ministros da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e da Saúde, Marcelo Queiroga.

   Nesta terça-feira, dia 23, haverá uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, e o coração ficará exposto no Palácio do Itamaraty, até 5 de setembro. O retorno do órgão a Portugal está marcado para 8 de setembro. A Polícia Federal e as Forças Armadas farão a segurança da relíquia nesse período.

   O valor gasto pelo governo brasileiro para trazer o coração de Dom Pedro I não foi divulgado. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, as negociações para a vinda ao Brasil começaram em fevereiro.

   Em Portugal, o Instituto Médico Legal da Universidade do Porto autorizou, do ponto de vista técnico, a vinda do órgão. Depois, houve uma votação na Câmara de Vereadores da cidade do Porto, onde a viagem foi autorizada por unanimidade.

   Dom Pedro I foi o responsável por declarar a independência do Brasil. Os restos mortais dele estão sepultados na cripta imperial, no Parque da Independência, em São Paulo. Já o coração é mantido na capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Lapa, em Porto.