AGRICULTURA
Cresce o uso de cultivo conservacionista para proteger o solo
   
Esses procedimentos geram redução de outras operações nas lavouras, promovendo diminuição da demanda de mão de obra e a consequente redução dos custos de produção.

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14/04/2022 16h33

      O 15 de abril é, desde 1989, a data escolhida para celebrar o Dia Nacional da Conservação do Solo, estimulando a reflexão sobre a necessidade da utilização adequada deste recurso natural. Estudo recente da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura demonstra que cerca de 33% das áreas agrícolas do mundo apresentam algum grau de degradação. Por isso, diversas pesquisas são realizadas para promover técnicas que melhorem o uso do solo. 

      Uma delas foi realizada em 2019 pela Embrapa Trigo, de Passo Fundo, que comprovou a eficácia do uso do Camalhão Alto de Base Larga para prevenir a erosão e preservar a fertilidade do solo. O pesquisador José Eloir Denardin, que coordenou o projeto de validação, destaca que uma das vantagens é a possibilidade de cultivo em terrenos de maior declive sem causar erosão. “O camalhão alto de base larga é considerado uma tecnologia apta para imprimir caráter de sustentabilidade à agricultura praticada em pequenas propriedades rurais, localizadas, em expressiva porção, em terras de relevo acidentado”, complementa José Denardin. 

     Um levantamento realizado pelo SindiTabaco demonstra a crescente aplicação de técnicas conservacionistas nas propriedades produtoras de tabaco. Em 2007, 83% dos produtores utilizavam sistemas de cultivo convencionais, enquanto apenas 17% investiam em técnicas conservacionistas. Treze anos depois, os números praticamente inverteram: 76% já adotavam práticas conservacionistas, como o plantio direto e cultivo mínimo. 

      Para o engenheiro agrônomo e assessor técnico do SindiTabaco, Darci José da Silva, a expectativa é de que os números sigam em franca evolução. “Felizmente temos conseguido evoluir muito rapidamente nesse sentido. Este ano estamos fazendo um novo levantamento junto aos produtores e a expectativa é positiva, com o avanço dos sistemas de cultivo conservacionistas, resultado de um intenso trabalho de conscientização por parte das empresas, por meio da orientação”, afirma. 

      Além do aspecto conservacionista, esses procedimentos geram redução de outras operações nas lavouras, promovendo diminuição da demanda de mão de obra e a consequente redução dos custos de produção. Como resultado, amplia-se o potencial de aumento da rentabilidade na produção de tabaco e também em outros cultivos comerciais subsequentes. 


   

  

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