AGRICULTURA |
Casal decide permanecer no interior e investir na cultura do tabaco |
Gislaine e Sandro permaneceram no interior e continuam a tradição da família. |
O Dia do Produtor de Tabaco foi comemorado ontem, dia 28 de outubro e é celebrado, principalmente, nas regiões onde essa cultura tem uma importância econômica e social. Atualmente a cultura do tabaco movimenta mais de 6,5 bilhões de reais ao ano na economia brasileira, segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), e é produzida majoritariamente pela agricultura familiar que vem passando por constantes transformações nos últimos anos. Dentre as principais transformações, estão o avançado e desenvolvimento tecnológico, o êxodo rural de inúmeras famílias que saem do campo em busca de novas oportunidades na cidade e também uma maior preocupação com o desenvolvimento das crianças, foram fatores que modificaram a realidade do trabalhador rural.
Segundo o último levantamento da Afubra, atualmente o Sul do Brasil possui mais de 137 mil famílias produtoras de tabaco que são protagonistas e testemunhas dos processos de transformação citados acima. E hoje, contamos um pouco da história de uma destas famílias produtoras de tabaco que relatam suas histórias e experiências.
Gislaine Wegner Ziebell, 26, e Sandro Ziebell, 40, residem na localidade de Linha Branca, interior do município de Sinimbu e são umas das 137 mil famílias do Sul do país que tem o tabaco como principal fonte de renda da propriedade. Atualmente eles contam com o auxílio dos pais de Gislaine que moram na mesma propriedade para a produção de 40 mil pés de tabaco.
Ambos sempre residiram no interior e auxiliavam na produção de tabaco de suas famílias, e agora já completam 5 anos produzindo tabaco juntos. Eles contam que o tabaco é a principal produção da propriedade, pois é a cultura que possui o melhor retorno para eles, mas também possuem outras culturas para subsistência. “Nos optamos pelo tabaco pois para propriedades de pequeno porte como a nossa, é o que nos da mais da retorno. Mas ainda plantamos vários tipos alimentos para subsistência como aipim, batatinha, milho, batata doce”, relatam.
Eles ainda contam que nunca pensaram em sair do interior, diferente de muitas famílias e jovens que saem do interior para buscarem oportunidades para uma vida melhor. Embora o êxodo rural de jovens ainda seja grande, vários jovens vem optando por permanecer no campo, devido a boa rentabilidade que o tabaco oferece e qualidade de vida que o interior proporciona. O casal também conta que gosta da vida que o interior proporciona. “Decidimos ficar no interior porque pensamos que o campo precisa produzir alimento para que a cidade se alimente. E nós gostamos da lida do campo da cultura do tabaco”, enfatizam.
Gislaine e Sandro relatam que vem mantendo a mesma área plantada, de 40 mil pés nos últimos anos, para que possam ter uma boa qualidade do seu produto e o objetivo do casal para os próximos anos é continuar plantando fumo, mas melhorando cada vez. “Planejamos melhorar a produtividade da nossa propriedade e também queremos investir na diversificação de outras culturas, mas vamos manter o tabaco”, explica Gislaine.
A abertura da temporada de colheita do tabaco iniciou oficialmente ontem, em Vale do Sol, mas o casal realizou o plantio do tabaco um pouco mais tarde, e nos próximos dias já devem iniciar a colheita. As expectativas do casal para produção e venda desta safra são positivas “Nossas expectativas são boas, mas dependemos do clima, esperamos que ele colabore para que nossa produção seja muito boa”, finaliza o casal.
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