EDUCAÇÃO
Livro “O Avesso da Pele” deve ser devolvido às escolas de dois Estados após censura
   
Obra literária foi recolhida para análise de trechos em pelo menos três Estados.

Por Divulgação
08/04/2024 15h00

Pouco mais de um mês de serem recolhidos, os exemplares do livro O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório, devem retornar às prateleiras das bibliotecas das escolas dos Estados de Goiás e Paraná. As decisões foram divulgadas nas redes sociais do autor e da editora do livro, a Companhia das Letras.

O Paraná foi o primeiro Estado a tomar a decisão de recolher a obra literária, no dia 4 de março. O livro foi retirado das bibliotecas escolares para passarem por uma análise devido a determinados trechos que, conforme nota divulgada na época, possuiriam “algumas expressões, jargões e descrição de cenas de sexo explícito utilizados podem ser considerados inadequados para exposição a menores de 18 anos”.

Cerca de um mês depois do recolhimento, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) informou que os exemplares ainda estão em processo de análise, mas devem retornar às escolas. De acordo com a Seed, o processo de devolução para as instituições de educação deve acontecer até o final do mês de abril.

Em Goiás, a obra foi recolhida dois dias depois, em 6 de março, para, também, passar para uma análise. Segundo a pasta, na época, a finalidade do recolhimento era “possibilitar uma análise do livro quanto ao atendimento da proposta pedagógica da rede pública estadual de ensino”.

Apesar da divulgação nas redes sociais do autor e da editora, não foi possível confirmar com o governo goiano sobre o retorno do livro para as bibliotecas nem se já foi definido um prazo para isso.

Além dos dois Estados, em 6 de março, Mato Grosso do Sul também tomou a decisão de recolher os livros. Esse é o único dos três Estados em que ainda não foi feita nenhuma sinalização de que os exemplares retornarão às escolas.

A obra de Tenório – vencedora do Prêmio Jabuti, em 2021 – faz uma reflexão sobre o racismo. Ela integra o acervo atual do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), elaborado pelo Ministério da Educação durante o governo de Jair Bolsonaro, e, por isso, foi destinada às escolas.

Volta às escolas

Nas redes sociais, Tenório, que nasceu no Rio de Janeiro e é radicado em Porto Alegre, repostou a publicação feita pela editora, celebrou o retorno do livro e comentou sobre o ocorrido. Na postagem original, a Companhia das Letras menciona que a obra voltará a estar disponível para os alunos do Ensino Médio.

 

Fonte: GZH


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