DIA DA MULHER
Dia da Mulher: conquistas, inspirações e lutas
   
Histórias de vivências que inspiram a vida de outras mulheres.

Por Antônia Henn
08/03/2024 15h30

 

Todos os anos, em 8 de março, o mundo se une para celebrar o Dia Internacional da Mulher, uma ocasião dedicada a reconhecer as conquistas das mulheres ao longo da história e destacar os desafios que ainda enfrentam. Nesta reportagem especial, exploramos o significado deste dia, as origens de sua comemoração e como ele continua a inspirar mudanças em direção a um futuro mais igualitário e inclusivo.

Essa data surgiu em forma de homenagem após um episódio que aconteceu em Nova York, no dia oito de março, quando 129 operárias morrem devido ao incêndio que ocorreu na indústria têxtil na qual trabalhavam. Desde então, essa data representa a luta dessas mulheres que morrem trabalhando em serviço precário. E celebra as muitas conquistas femininas ao longo dos últimos séculos, mas também serve como um alerta sobre os graves problemas de gênero que persistem em todo o mundo.

Pensando no quão importante é esse dia, o jornal Tribuna Popular entrevistou mulheres com histórias relevantes no nosso município. Percorrendo do campo, aos salões de beleza, polícia, professora e diarista. 

Nos campos e fazendas, mulheres enfrentam desafios únicos enquanto desempenham papéis essenciais na agricultura.  Apesar de longas jornadas de trabalho, condições climáticas adversas, sua força e resiliência são fundamentais para garantir a segurança alimentar e o progresso rural. Rosangela Regina Haag Mueller, 37 anos, começou a trabalhar desde muito nova e foi mãe aos 16 anos. “Como eu não tinha nada em vista de me formar em algo, continuei na agricultura assim como meus pais. Hoje trabalho com o que gosto, com animais, minha casa e fazendo as atividades na lavoura”, nos conta a agricultora. 

Para ela uma grande conquista foi sua família e mais tarde sua habilitação para dirigir. “O conselho que dou é nunca desistir dos sonhos e mesmo que não seja fácil a lida na roça as recompensas vêm, podem demorar, mas elas vêm. Lugar de mulher é onde ela quiser. Na agricultura não é diferente, para querer permanecer na agricultura não é apenas continuar no ramo e sim gostar daquilo que está fazendo”, conclui Rosangela.

Ao explorar histórias, sabemos que os salões de beleza têm um grande impacto na autoestima das mulheres, pois nesse ambiente em que elas tiram um momento para cuidar se si mesmas. Regina Vogt é cabeleireira desde 2007, mas sonhava ser veterinária quando criança. Hoje considera que trabalha com o que gosta e entrou no ramo pois acompanhava uma ex-patroa em um salão de beleza. Regina revela que a parte mais gratificante é ver o olhar contente de suas clientes no espelho. “Considero o papel das mulheres essencial na sociedade, na linha profissional estão dando um show, ainda mais quando um trabalho é feito com amor e dedicação”, explica. 

Ela se sente realizada por ter seu próprio negócio e por ter construído uma família e também se realiza neste propósito. “Sabendo da importância dos afazeres domésticos, desde cedo, ensino meu filho mais velho a fazer pequenas coisas, como ir no mercado. Assim, ele vai aprendendo e me ajuda bastante na correria do dia a dia”, salienta. 

Daniela Bender vê que hoje as mulheres estão ocupando lugares que antes não ocupavam e mostrando cada vez mais o quão dedicadas são. “Apesar de sempre trabalhar muito, não deixo de cuidar de mim, pois isso também é muito importante”. Ela que já trabalha desde seus 17 anos, já atuou como babá, costureira, trabalhou em casa de família, restaurante e, atualmente, é faxineira autônoma. “Uma grande conquista para mim foi minha carteira de motorista, a casa própria e ter independência financeira”, explica. “Um conselho que eu daria para outras mulheres é que sejam guerreiras, que não desistam dos seus sonhos e que não deixem de lutar pelos seus direitos”, inspira.

Já Istéria Wegner Fredrich relata que nem tudo são flores nas trajetórias femininas. Ela teve que largar os estudos para começar a trabalhar desde cedo. Aos 18 anos se mudou para Santa Cruz do Sul e morou em um quarto de pensão. “Trabalhei em casas de família. Em alguns lugares fui bem acolhida, porém em outros sofri preconceito e fui humilhada”, explica. Istéria já trabalhou como camareira, em padaria e como cuidadora. “Uma conquista para mim são minhas filhas, minha família e ter meu próprio negócio, sendo ecônoma da Escas, junto com meu marido”, afirma. Ela relata que já sofreu assédio e reconhece que ainda há muito preconceito, machismo e desigualdade salarial entre homens e mulheres. 


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