ECONOMIA
Exportações do agronegócio gaúcho apresentam resultados positivos
   
Vendas de soja e trigo têm alta de 65,9% no primeiro trimestre.

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11/05/2022 09h55

Os recordes nas safras de trigo e soja registrados no Rio Grande do Sul em 2021 impactaram positivamente os resultados das exportações do agronegócio no primeiro trimestre de 2022. Os dois produtos foram os principais responsáveis pela alta de 65,9% nas vendas externas do setor no período na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Em números absolutos, entre janeiro e março, o Estado exportou um total de US$ 3,4 bilhões – US$ 1,3 bilhão a mais em relação a 2021.

Entre os principais setores exportadores do agronegócio, tiveram resultados positivos no período o complexo soja (US$ 770,5 milhões; +144,2%), cereais, farinhas e preparações (US$ 737,9 milhões; +201,4%), carnes (US$ 553,4 milhões; +7,5%), fumo e seus produtos (US$ 493,2 milhões; +37,4%) e produtos florestais (US$ 299,7 milhões; +24,6%).

As primeiras informações sobre as vendas externas do setor em 2022 foram divulgadas na manhã desta quarta-feira (11/5) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG) no boletim "Indicadores do Agronegócio do RS". Elaborado pelos pesquisadores Sérgio Leusin Jr. e Rodrigo Feix, o documento contempla ainda os dados sobre o emprego formal no campo nos três primeiros meses do ano.

Emprego formal tem saldo positivo

Período do ano de maior contratação de mão de obra no campo, o primeiro trimestre em 2022 registrou um saldo positivo de 21.291 empregos formais no estado. A diferença entre o número de admissões e de desligamentos no período ficou pouco abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (26.473). Entre janeiro e março, o agronegócio foi o responsável por 37,8% do saldo de empregos gerados no Rio Grande do Sul, que teve um total de 56.337 empregos formais.

Entre os tradicionais segmentos do agronegócio, o setor conhecido como "depois da porteira", formado especialmente por atividades agroindustriais, liderou a criação de postos, com um saldo de 14.131 vagas, puxado pela fabricação de produtos do fumo (9.909 vagas). Na indústria de abate de carnes, principal setor empregador do agronegócio gaúcho, o estoque de empregos formais em março de 2022 era de 66.842 vagas, contra 68.011 postos no mesmo mês do ano anterior.

No segmento "dentro da porteira", de atividades agropecuárias, o saldo de 5.478 postos teve como destaque as atividades de colheita da maçã, tradicional do período nas regiões da Serra e dos Campos de Cima da Serra.

E no segmento "antes da porteira", das atividades dedicadas ao fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos, o saldo positivo foi de 1.682 empregos com carteira assinada nos três primeiros meses do ano.

"Desde o terceiro trimestre de 2020, a produção nacional de máquinas agrícolas está em recuperação, após ser gravemente afetada nos primeiros meses da pandemia. O avanço na produção de grãos no país e as ótimas margens de rentabilidade das duas últimas safras estão sendo importantes fatores de estímulo para a aquisição de novos maquinários", avalia Rodrigo Feix.


   

  

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