SINIMBU
Moradores relatam insatisfação com obras de pavimentação
   
Moradores contataram o jornal Tribuna Popular nesta semana para relatar a situações de suas residências.

Por Redação
17/09/2021 16h01

Nas últimas semanas vem sendo executada a pavimentação de oito ruas próximas ao centro do município de Sinimbu. Através do contrato do programa Avançar Cidades, o município terá praticamente todo o seu perímetro urbano pavimentado. As obras que estão sendo supervisionadas pela Prefeitura de Sinimbu e realizadas pela empresa Cimentec, preveem a pavimentação das ruas Primavera (na entrada da Linha Primavera); Gustavo Leonhardt (Cerro Maurício em toda sua totalidade); Fredolino Preuss e Bernardo Thomé (no Bairro Várzea); e João Neumann, Alberto Lucas Fredrich, Carlos Jackisch e Donato Fredrich (no loteamento Cooperhab). 
Com três das oito ruas concluídas, alguns moradores relataram dificuldades de acesso às entradas de suas casas, devido ao desnivelamento da pavimentação e contataram o jornal Tribuna Popular nesta semana para relatar a situações de suas residências.
A moradora do Centro de Sinimbu, Gabriela Marques de Araujo, autônoma, possui uma casa na rua Alberto Lucas Fredrich no loteamento Cooperhab, com inquilinos e relata que a rua está muito mais alta que a entrada da casa. “Quando foi liberado o loteamento Cooperhab em 2008, minha mãe e meu pai construíram essa casa onde está o inquilino atualmente. Na época, as pessoas fizeram os ajustes possíveis nos terrenos, tanto que este terreno onde se encontra a casa, atrás é mais alto, mas a frente estava parelha com a rua, e agora com a pavimentação, o terreno ficou muito mais baixo que a rua. Tinha um projeto de tirar alguns metros de rua, mas cadê aquilo de pensar no contribuinte que já moravam ali. Agora estamos fazendo rampas provisórias, para que o inquilino consiga entrar com o carro na garagem. Esperamos que não entre água na casa se chover. Além dos terrenos que ficam do lado debaixo da rua, pois é uma decida, caso venha uma chuva muito forte pode entrar água nos terrenos dos vizinhos debaixo”, detalha. 
A autônoma comenta que estão esperando uma comissão de vereadores que foi solicitada para verificar a situação e ver o que é possível ser feito. “A gente está tentando resolver isso com a comissão e caso nada seja feito, teremos que acabar judicializando, porque é um descaso com os moradores”, revela.
Morador do centro, Cláudio Weiss, aposentado, também é responsável por uma casa com inquilinos no loteamento Cooperhab na rua João Neumann. Representante dos moradores de todas as ruas onde foi feito o calçamento, Weiss relata que foi realizado um abaixo-assinado que foi levado ao ministério público no mês de julho, referente a pavimentação. “O projeto de calçamento pela engenharia da prefeitura, não foi cumprido desde a primeira etapa que era de baixar o nível das ruas. Os responsáveis pela obra por parte da prefeitura nunca ouviram opinião dos moradores. Tem morador que simplesmente está impedido de colocar o carro na garagem, o carro fica na rua. Concluída esta etapa convido todas as pessoas a visitar as obras do calçamento para ter a certeza de como os serviços foram conduzidos”, explica. 
A aposentada Nelsi Jackisch, moradora da Rua Fredolino Preuss, também relata estar insatisfeita com o calçamento que está sendo realizado na sua rua. “Não consigo sair de casa com meu carro, fui até a prefeitura para tentar conversar, mas não fui atendida, eu só quero ter acesso a minha casa e conseguir sair com o carro. Assim não pode ficar, meus vizinhos também estão insatisfeitos. Ao invés de terem levantado a rua e terem colocado tanto material aqui dentro deveriam ter tirado, teria ficado ótimo e todos teriam um bom acesso a suas casas”, comenta.
Após o relato dos moradores, entramos em contato com a Prefeitura de Sinimbu, buscando respostas as reclamações dos moradores a Administração Municipal, juntamente com o setor de engenharia disse estar ciente do problema. 
Questionados se irão tomar alguma providência, eles relatam que nas ruas já executadas não, devido as adequações das entradas dos moradores, por serem praticamente todas dentro do lote particular dos mesmos deverão ser feitas individualmente por cada um deles. “Nas ruas que serão executadas, continuaremos verificando a melhor maneira de prover a pavimentação sempre buscando a melhor maneira de conciliar o pavimento novo com os acessos das edificações existentes”, revelam.
Além disso, ainda questionamos a administração e o setor de engenharia se houve alguma análise técnica sobre a situação dos acessos as casas e afirmaram que sim. “As ruas que estão sendo pavimentadas são ruas já antigas e consolidadas, com moradores e suas edificações constituídas. Com o advento do calçamento o setor, sim, analisou e trabalha sempre da melhor maneira possível para conciliar a ligação da rua com os pontos já existentes”. 
“Para a execução da pavimentação das ruas em tela, os pontos de partida das ruas adjacentes e as tubulações de coleta pluvial são os principais a serem respeitados, tornando a ligação entre as vias adequadas e garantindo um bom funcionamento no que tange a captação de águas pluviais. Com isso, nas ruas transversais à rua Cooperhab, trabalhamos com a altura da rua Cooperhab  para fazer a conformação de chegada e a altura da tubulação pluvial geral existente que absorve as águas do loteamento criando-se assim as duas principais alturas de trabalho e consequentemente as que vão nortear a execução da pavimentação. As edificações existentes, nessas vias, em alguns casos estão previamente edificadas bem a baixo da base de terra já existente. Como trabalhamos com os referidos níveis de trabalho e conciliação com os arruamentos adjacentes já calçados, foi feito pelo melhor o nível da pavimentação, mantendo a base, cama de areia e pavimento conforme manda a boa técnica. Com isso, as entradas dos moradores que ficaram mais baixas que a pavimentação final devem ser adequadas pelos mesmos”. 
Referente a rua Fredolino Preuss, em particular, além do ponto de conciliação com a rua Lindolfo Kannemberg, eles explicam que foi encontrado rocha aflorando em vários pontos da base de terra antiga impedindo uma altura de pavimentação menor que a executada não tendo assim outra opção abaixo que a executada. “Porque para retirar as rochas teríamos que usar detonação a fogo (explosivos) e como as edificações são muito próximas a via isso torna-se inviável. Com isso, as entradas dos moradores que ficaram mais baixas que a pavimentação final devem ser adequadas pelos mesmos”, salientam. 
Conforme a administração as pavimentações que ainda não foram concluídas são da Rua Primavera, Gustavo Leonhardt, Donato Lucas Fredrich, Fredolino Preuss e Bernardo Thomé.
 


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