CLIMA
Relatório sobre o clima no Planeta Terra aponta alerta vermelho
   
Dirigentes mundiais, irão se reunir em novembro para buscar estabelecer mudanças na emissão de gases.

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09/08/2021 09h56

Nesta segunda-feira dia 9, foi publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), na sigla em inglês, um relatório que deve deixar o planeta em “alerta vermelho” em relação ao consumo dos combustíveis fósseis que são utilizados na terra, e que estão contribuindo com a degradação acelerada do nosso planeta. A afirmação foi feita pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

            O relatório mostra uma avaliação científica dos últimos sete anos e "deve significar o fim do uso do carvão e dos combustíveis fósseis, antes que destruam o planeta", afirmou Guterres em comunicado. O secretário pede que nenhuma central de carvão seja construída depois de 2021. "Os países também devem acabar com novas explorações e produção de combustíveis fósseis, transferindo os recursos desses combustíveis para a energia renovável", acrescentou Guterres.

            O relatório estima que o limiar do aquecimento global (de + 1,5° centígrados), em comparação com o da era pré-industrial, vai ser atingido em 2030, dez anos antes do que tinha sido projetado anteriormente, "ameaçando a humanidade com novos desastres sem precedentes".

            No mesmo documento, ele pede igualmente aos dirigentes mundiais, que se vão reunir na Conferência do Clima (COP26) em Glashow, na Escócia, no próximo mês de novembro deste ano, que alcancem "sucessos" na redução das emissões de gases de efeito estufa.

               RELATÓRIO

            De acordo com o documento do IPCC, a temperatura global subirá 2,7 graus em 2100, se mantiver o atual ritmo de emissões de gases de efeito estufa. No novo relatório, que saiu com atraso de meses devido à pandemia de covid-19, o painel considera vários cenários, dependendo do nível de emissões que se alcance.

            Manter a atual situação, em que a temperatura global é, em média, 1,1 graus mais alta que no período pré-industrial (1850-1900), não seria suficiente: os cientistas preveem que, dessa forma, se alcançaria um aumento de 1,5 graus em 2040, de 2 graus em 2060 e de 2,7 em 2100.

            Esse aumento, que acarretaria mais acontecimentos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor, está longe do objetivo de reduzir para menos de 2 graus, fixado no Acordo de Paris, tratado no âmbito das nações, que fixa a redução de emissão de gases de efeito estufa a partir de 2020, impondo como limite de subida 1,5 graus centígrados.


   

  

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