Até o momento todos os eventos públicos e quase todos os privados no país ainda estão suspensos: festas, quermesses, bailes, shows municipais, enfim, quase tudo. Assim, medidas adotadas para conter o avanço do Coronavírus, músicos, produtores e outros profissionais do meio cultural ficaram sem boa parte da sua fonte de renda. Mas felizmente há profissionais que não sobrevivem da música e tem outra fonte de renda principal, que o caso da Banda Bier Fest.
Composta por nove integrantes, a banda não realiza apresentações há mais de um ano, devido a situação da pandemia. Diante desta realidade, esta semana conversamos com dois integrantes da banda Adilson Jonas da Silva e Cristiano Mueller, para saber deles como estão amenizando a saudade dos palcos e o que esperam dos próximos meses.
Para Cristiano Mueller, que além de ser músico é motorista, comenta que infelizmente não estão se reunindo para ensaiar a fim de não se exporem ao risco de contaminação e respeitar as normas impostas em relação ao Coronavírus. “Pegar o instrumento em casa e olhar vídeos dos bons tempos ameniza a saudade de estar no palco e fazer o que se gosta”, revela.
Felizmente os integrantes não dependem dos ganhos da banda para sobreviver, cada músico tem outra fonte de renda principal. “Todos os músicos trabalham em algo de onde vem o seu sustento, no meu caso, motorista na empresa Frigorífico Schender de Rio Pardinho”, destaca.
SEIS ANOS DE BIER FEST
A banda que está entrando no seu sexto ano de existência e tem como idealizadores do projeto Cristiano Mueller e o colega Paulo Toiller, que esperam poder voltar a tocar e alegrar o coração das pessoas em breve. “Ver um sorriso no rosto do seu público é muito gratificante, mas temos a consciência de respeitar o momento”, frisa Mueller.
Questionado sobre o que espera dos próximos meses o acordeonista e tecladista Cristiano, revela que as palavras para descrever o momento são apreensão e esperança. “É acreditar que estamos cada vez mais próximos da redução significativa de casos com o avanço (lento) da vacinação, com isso podendo em breve voltar ao novo normal”, ressalta.
Segundo Adilson Jonas da Silva, que também toca há seis anos na banda como guitarrista, apesar de não sobreviverem da música, é sempre um dinheiro a mais que entrava. “É uma forma nossa de lazer porque gostamos do que fazemos e também não deixa de ser uma renda extra”.
Além de ser músico, Adilson também é marceneiro. Para amenizar a saudade dos palcos, ele ensaia em casa na frente do computador. “Até fizemos uma live ano passado, mas com certeza não é a mesma coisa que tocar para um público e sentir o calor das pessoas”, relata.
FUTURO PRÓXIMO
Apesar da população estar sendo vacinada contra a Covid-19 ainda esteja acontecendo lentamente, o guitarrista espera que em breve todos estejam vacinados e tudo volte ao normal. “Torço para que o Coronavírus não faça mais tantas vitimas e que tudo isso se amenize e Deus conforte o coração das pessoas que acabaram perdendo seus familiares”, finaliza.