Brasileiros ainda não sacaram quase R$ 8 bilhões de valores a receber |
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Com R$ 7,79 bilhões em recursos esquecidos até o fim de fevereiro, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 6,23 bilhões, de um total de R$ 14,02 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras. Até o fim de fevereiro deste ano, mais de 19 milhões de correntistas resgataram os valores. As estatísticas informadas pelo Banco Central (BC) apontam que 30,19% do total de 63.064.184 beneficiários foram incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.
Entre aqueles que já sacaram os valores, 18.044.139 são pessoas físicas e 992.894 são pessoas jurídicas. Dos que ainda não realizaram o resgate, 40.853.231 são pessoas físicas e 3.173.920 são pessoas jurídicas. Portanto, a maioria dos beneficiários que ainda não fez o saque tem direito a pequenas quantias. Valores de até R$ 10,00 reúnem 63,48% dos beneficiários. As verbas de R$ 10,01 a R$ 100,00 correspondem a 25,14% dos correntistas. Já as quantias de R$ 100,01 a R$ 1 mil representam 9,65%. Apenas 1,72% dos clientes tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
Após ficar inativo por um ano, o Sistema de Valores a Receber foi reaberto em março do ano passado, com novos recursos e sistema de agendamento. Em fevereiro deste ano, foram retirados R$ 215 milhões, o que demonstra uma queda em relação ao mês anterior, quando foram resgatados R$ 244 milhões.
Atualmente, o SVR disponibiliza consultas a valores de pessoa falecida, com acessos para herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pela quantia e a faixa de valor. Também há mais nitidez para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, ao entrar no sistema, o outro conseguirá ver informações como valor, data e CPF de quem realizou o pedido.
Como consultar
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Em caso de pessoa física: tenha em mãos CPF e data de nascimento;
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Em caso de pessoa jurídica: tenha o CNPJ e a data de abertura da empresa;
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É necessário fazer o login com a conta gov.br. Atenção: para pessoa física, a conta precisa ser de nível prata ou ouro; para pessoa jurídica, precisa ser conta gov.br com o CNPJ vinculado (qualquer tipo, exceto Colaborador);
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Ao acessar o sistema, é preciso ler e aceitar o Termo de Ciência;
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Para solicitar o resgate dos valores pelo sistema do Banco Central, é necessário ter uma chave PIX cadastrada. Solicite o resgate e mantenha o número de protocolo. Também é possível exibir e compartilhar o comprovante. Se não tiver uma chave Pix, o usuário deverá entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento ou criar uma chave e depois retornar ao site para fazer a solicitação;
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Em caso de resgate de valores de pessoa falecida, é necessário fazer login com a conta gov.br do usuário que está acessando o sistema, não com a conta do falecido. É preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para acessar os dados do falecido, além de ler e aceitar o Termo de Responsabilidade de Consulta a Dados de Terceiros. Após isso, o indivíduo deverá perguntar diretamente à instituição sobre a documentação que deve ser apresentada para receber o valor da pessoa falecida.
Alerta sobre golpes
O BC aconselha o beneficiário a ter cuidado com golpes de pessoas que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta, ainda, que todos os serviços do SVR são totalmente gratuitos, que não envia links e não entra em contato para tratar sobre valores a receber ou confirmar dados pessoais.
O Banco Central também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o correntista. O órgão pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.
Fonte: O Sul